È de estranhar que estes Ministros pródigos em conceder Habeas Corpus a malfeitores e assassinos estejam - no julgamento do Mensalão - apresentando uma mão-pesada da Justiça inexistente por parte deles e por parte da Justiça Brasileira, em geral, quando se trata de outros crimes, principalmente os de tráfico de drogas e os de homicídios. Mais de estranhar, pelo menos eu como eleitor do Lula, é o fato de Ministros como Marco Aurélio Mello (referindo que Lula é portador de "Ideologia Bizarra"), Celso Melo (num furor fora de controle para transformar deslises de todos os políticos em crimes inomináveis por serem políticos do PT) e Gilmar Mendes (ostensivamente um anti-Lula declarado e repórter da Revista Veja), não se considerarem impedidos de julgar, uma vez que - ostensivamente - e sem quaisquer autocensura - mostram-se - inimigos políticos de Lula, de suas idéias e de seu partido e de líderes sindicais (vide o desprezo de Marco Aurélio Mello por um Banco de Sindicatos). Estou levantando estas questões porque Juízes têm o dever de ser imparciais e de respeitar todos os cidadãos brasileiros inclusive os que votam em determinados políticos, em determinados partidos, e em determinadas visões e programas de natureza política. Juízes não podem carregar parcialidades de natureza pessoal, idiossincrasias viciadas por gostos pessoais, nem preferências político-partidárias, sob pena de terem seus votos comprometidos por parcialidades viciosas. Neste julgamento do Mensalão, a partir da data escolhida; do afã de concluir o julgamento antes do término do final de eleições de 28/10/2012; a partir da negativa de julgar - no âmbito do STF - apenas os réus de foro privilegiado, pode-se AFIRMAR COM PLENA CONVICÇÃO, o objetivo não confessado, mas dirigido, para prejudicar uma corrente partidária, seus partidários e seus eleitores.
Eu não me declarei contra a condenação. O que afirmei e reafirmo, é que há uma mão pesada da Justiça quanto a penas, que não é de praxe na Justiça Brasileira e muito menos dos Juìzes que distribuem Habeas Corpus como presentes a criminosos; comparar os condenados a criminosos assassinos como o fez o Ministro Celso Mello é um absurdo; não falei em "Terrível Conspiração Contra o PT"; o que afirmei e reafirmo é que houve e há uma montagem para prejudicar um grupo partidário de coligados que as oposições não conseguem bater nas URNAS que é o lugar próprio para o embate político. Quem comete deslises deve sofrer as penas da Lei, mas versões, criadas por inimigos políticos não são provas; insinuações, ainda que provindas do Ministério Público não são provas; presunções do Juiz Relator não são provas; tanto é assim que o próprio Tribunal dividiu-se quando do julgamento de formação de quadrilha, embora aceitando por grande maioria as demais denúncias do MP. O que recrimino nos Juízes condenadores com mão pesada é a imputação, que não aceito, de que "quem vota nos políticos do PT e de seus Partidos Aliados vota em criminosos que põem em riscos a Democracia Brasileira". Não aceito porque tenho votado pelos Programas de Inclusão Social que foram a espinha dorsal do Governo Lula e que continuam sendo no Governo Dilma e porque o Julgamento está dirigido contra - apenas alguns dirigentes partidários - do PT e de seus coligados e não contra todos os políticos destes Partidos. Para terminar, bjs. do Vô e aguardemos o que o tempo dirá sobre estes embates políticos que escorregam do seio da Política para o colo de alguns Promotores e Juízes (não de todos os promotores e Juízes) travestidos de Justiceiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário