Os latino-americanos, hispânicos e portugueses, têm três fontes étnico-culturais de formação : ameríndia, branco-europeia, afronegra. Da branco-europeia, na sua primeira onda, nos vem a parte que nos cabe de Cultura Ibérica. Ela não é forte, pois sua participação, começa com 1/3 e, como acontece apenas em uma primeira onda, cai, ao longo do tempo, diante das demais correntes de imigração branco-europeia, para, quem sabe (?) 1/5 a 1/6 do total, à época atual. Ou seja temos, a população atual, cerca de, 17 a 20% de Cultura Ibérica, do séc. XVI, injetado em nosso DNA cultural. Entretanto, este pouco de uma cultura já ultrapassada pelo tempo - o séc. XVI ficou para trás há bastante tempo - permaneceu sendo transmitido através do tempo via nossa linguagem, via religião, via sistema educacional, via organização econômica, via crenças, via relacionamentos sociais, via estruturas de representação política, via organização jurídico/legais e via organização social geral. O que, portanto, seria para ser aritmeticamente fraco, ao longo do tempo, pode vir-se consolidando mais forte, não só pelo enfraquecimento dos demais dois participantes do processo cultural, ao longo do tempo, mas porque sua contínua influência nos aspectos culturais principais faz predominante sua presença. Dado que - no mundo moderno - nossa cultura latino-americana nos coloca tão atrasados quanto atrasados aparecem grande parte do mundo asiático, do mundo africano, do mundo árabe e do somatório de outros esparsos contingentes populacionais culturais, é de desconfiar-se que - culturalmente - devamos esquadrinhar nossa herança cultural.
Como temos que exorcizar nossos demônios do atraso, nada mais nos resta fazer senão debatermos sob que parcela de nossa herança cultural eles se escondem: ameríndia (?), branco-europèia (?), afronegra (?). Onde eles estarão ?!
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